A expressão cultural do maracatu, mesmo que independente de sua matriz religiosa traz sempre em seu contexto um vinculo intrínseco com o caráter que lhe deu origem, com algo de essencial que vai além das batidas dos tambores e do espetáculo cênico. A Nação Maracahyba,surgiu não como uma corrente das tradições religiosas repassadas entre as “madrinhas” e famílias, sendo portanto um trabalho musical e cênico que rememora e mantêm viva a tradição do maracatu na Paraiba, daí a origem do seu nome.
A idéia de formação de um grupo de maracatu neste estilo e com este objetivo, surgiu em 2005, a partir da inquietação de dois músicos percussionistas – Luciano Oliveira e Vagalume, sendo o primeiro o próprio reflexo desta criação uma vez que é paraibano, nascido na área do centro histórico da cidade (Bairro do Roger) e que cresceu nas ruas e na pulsação da cultura pernambucana,mais precisamente em Goiânia e, o segundo um pernambucano da mesma cidade.
Percorrendo o caminho de volta a sua cidade Natal, o músico Luciano Oliveira junto com seu companheiro veio acompanhando o som dos batuques, estudar com o mestre de percussão Chiquinho Mino, que se tornou um dos maiores incentivadores da idéia, juntamente com outros músicos de um outro grupo de percussão – o Circulo de Tambores.
E assim, no dia 11 de setembro de 2005, a idéia da criação da Nação Maracahyba tomava forma, no primeiro ensaio aberto, na Praça Antenor Navarro – centro histórico de João Pessoa –Paraíba. Logo o som da Nação começou a tomar conta da cidade, e a cada domingo aumentava o número de participantes que chegavam à praça, carregando suas alfaias coloridas, seus agbês e demais instrumentos de percussão. A Nação se firmava como grupo de cultura na cidade, com participação em vários eventos. Foi preciso criar uma estrutura, dando-lhe estatuto jurídico para abrigar as novas dimensões e metas do grupo. A sua meta passa a ser voltada também a uma ação multiplicadora, buscando levar atividades de arte educação aos moradores de bairros e comunidades onde se apresenta.
Sob a influência da Nação Maracahyba outros grupos começaram a surgir na cidade, consolidando assim o objetivo da multiplicação e formação de grupos que assegurem a permanência da cultura do maracatu neste estado, cujas reminiscências datam de mais de um século, fazendo crer à população que não existia esta cultura em nosso estado, assim como o coco de roda, a ciranda, que foram gradativamente perdendo sua marca na memória cultural do nosso povo.
A Nação Maracahyba é assim um grupo de cultura com uma consciência social e histórica, que há cinco anos existe e resiste com o seu batuque que veio contribuir de forma efetiva para fazer reviver as ruas do centro histórico, sobretudo da Praça que se constitui em uma espécie de sede ao “ar livre”, onde ocorrem os ensaios do grupo todos os domingos. Um grande reconhecimento deste trabalho é a possibilidade que agora se apresenta de fazer o batuque transpor nossos limites geográficos levando a arte e a expressão cultural do nosso estado a Havana – Cuba em participação no XXX festival do FOGO.
Integrantes:
Integrantes:
Adriano Soares Cavalcante
Ana Lucia Tavares de Oliveira
Andila nahusi
Cely de Sousa Silva
Cidicley Cabral da Silva
Fábio Luiz Barreto Moreira
Grimaldo Cordeiro de Melo Neto
Ingrid Gonçalves Azevedo Santiago
Luciano Oliveira
Lucio Aureliano
Luiz Carlos Feliciano Marques
Marcos praxedes Alves da Silva
Nanda Lima
Robert D'Louise
Rosicleide Carlos Lira